Evolução dos games aumenta mercado de vendas de jogos, diz especialista

Há 46 anos, era lançado o primeiro videogame no mundo: o Odyssey 100. Entretanto, apesar da novidade, ninguém conseguia acreditar que aquela tecnologia evoluiria tanto, chegando ao ponto dos consumidores deixarem de lado o console.

Evolução dos games aumenta mercado de
vendas de jogos, diz especialista (Foto: Oculus/Divulgação)
Porém, com o passar dos anos, os videogames foram se aprimorando e desenvolvendo características positivas, que hoje são nostalgicas, como os gráficos do Nintendo (NES), do Super Nintendo, do Mega Drive, Master System e PlayStation 1.

A partir dessas novas tecnologias, o videogame foi aumentando o seu espaço no mercado e ganhando novos fãs. Por isso, as produtoras notaram que era preciso uma revolução no mundo dos jogos: abandonar o 2D e iniciar a produção de jogos 3D, dando origem as plataforma PlayStation 2 e PlayStation 3, Game Cube, Xbox e Xbox 360, Nintendo Wii e Nintendo WiiU.

Contudo, essa mudança acabou sendo muito rápida, e por isso, em menos de 15 anos, em 2016, era lançado a tecnologia VR (Virtual Reality) ou jogos de realidade virtual. Dessa forma, conseguimos observar a total transformação que os games e os consoles passaram durante esses 46 anos de produção.

“The Legend of Zelda: A Link to the Past” foi um dos jogos que revolucionaram as características gráficas dos games nos anos 90 (Foto: Reprodução)
Para falar sobre essa diferença entre os jogos clássicos e os jogos recém-lançados, o blog World Games entrevistou e conversou com designer de games Alberto Andrade.

World Games: Quais foram as alterações que os games tiveram desde o lançamento do primeiro videogame?

Alberto Andrade: A medida que os videogames evoluíram, os jogos se tornaram cada vez mais pesados e complexos, aprimorando seus gráficos e jogabilidade. Criando uma imersão muito mais real, fazendo com que o jogador se sinta mais à vontade com o “universo” em que ele está inserido.

World Games: Essas mudanças foram positivas ou negativas?

Alberto Andrade: As mudanças foram extremamente positivas, pois, surgiu um dos mercados mais poderosos do mundo moderno, capaz de atingir diversas idades e perfis diferentes.

World Games: Dentre essas mudanças, quais são as diferenças dos jogos clássicos para os recém-lançados?

Alberto Andrade: Comparando as diferentes eras dos games, podemos pontuar o poder gráfico em que chegamos atualmente, o nível de produção cinematográfico em que jogos não perdem em nada sobre filmes hollywoodianos e a liberdade de poder fazer tantas coisas, que antes parecia impossível. Como andar nas ruas de Los Angeles (nome fictício: “Los Santos”), em uma ambientação incrível dentro de GTA V, lançado pela Rockstar Games.

World Games: O que mais agradou ao público?

Alberto Andrade: O desenvolvimento de histórias com enredos e personagens marcantes, gráficos visualmente magníficos e totalmente imersivos, são itens a serem apreciados pelo grande público de videogames ao decorrer dessa evolução.

World Games: O que fez falta para os fãs?

Alberto Andrade: Acompanhando os principais meios de divulgação desse ramo, encontra-se a insatisfação pela má jogabilidade que os jogos de hoje estão entregando. Por ser apenas “bonitinho no gráfico”, mas repetitivo e/ou muito fácil de jogar, sem desafios que façam com que o jogador aprenda e evolua no decorrer das fases.

World Games: O que você espera do futuro dos jogos?

Alberto Andrade: Podemos esperar jogos cada vez mais realistas e imersivos, principalmente com o surgimento da tecnologia VR “Virtual Reality”. Mesmo estando no início dessa nova fase, os jogos VR já surpreendem por, além de entregar games com uma jogabilidade totalmente diferente, também estão auxiliando em outras áreas, como a educação em escolas e simuladores para treinamentos específicos e na saúde, com o tratamento de pessoas com estresse pós-traumático a lesões cerebrais.

Após grande sucesso nos anos 90, aproveitando as novidades gráficas, Crash Bandicoot foi relançado em 2017 (Foto: Reprodução)

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